Categorias
Espécies de pescado

Atum

Atum

Garum tuna

Tuna Haimation Garum GARUM LUSITANO by CAN THE CAN Garum produzido com atum rabilho do Atlântico, pescado nas águas do Atlântico. Garos de alta qualidade

Pastrami atum

Pastrami de atum Lombo de atum curado com flor de sal, pimento espelette, pimenta da Jamaica, alho, semente de coentro e funcho desidratado, em ambiente

Muxama de atum

Muxama de atum Muxama de atum CAN THE CAN, curada com o método tradicional, laranja do Algarve e amêndoas torradas

Bucho atum

Bucho de atum Estômago de atum recheado com carne do mesmo, vinho tinto, pimentão fumado, semente de coentro, erva doce, sal e pimenta

Categorias
Atum Food for your eyes only What’s Going On

Bucho atum

Bucho de atum

Estômago de atum recheado com carne do mesmo, vinho tinto, pimentão fumado, semente de coentro, erva doce, sal e pimenta

Categorias
Espécies vegetais

Figo da índia

Figo da índia

A Cultura da Figueira-da-índia (Opuntia ficus-índica (L.) Mill) no Alentejo

Instituto Politécnico de Beja

Escola Superior Agrária de Beja

Mestrado de Agronomia

Estudo de dois compassos de plantação

Dissertação de Mestrado apresentado na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja

Elaborado por: Francisco José Avó Fole

Orientado por: Doutora Mariana Augusta Casadinho Parrinha Duarte Regato

Beja 2014

Opuntia ficus-indica (tabaibeira, figueira-do-diabo, figueira-da-índia, piteira, tuna, figueira-tuna, figueira-palmeira ou palma)

A Opuntia ficus-indica (L.) Mill é originária da América, mais propriamente do México, (Polunin et al, 1978; Guia da Flora e Vegetação do Andevalo; FAO, 2001). Esta planta sul-americana foi introduzida na Europa por Cristóvão Colombo e difundiu-se por várias regiões mediterrânicas, sendo, como tal, um dos catos mais comuns desta região, tendo como “habitat” principal zonas áridas e rochosas circundantes do Mediterrâneo (Polunin et al., 1978).

Taxonomia

De mais de um milhar e meio de espécies de catos conhecidos, existem cerca de 300 espécies do género Opuntia na família Cacteacea (Scheinvar, 1995; Moahamed-Yasheen et al., 1996 citado em Alves, 2011).

As características taxonómicas são de difícil classificação e resolução (Sheinvar, 2001 citado em Jaqueline Oliveira, 2009), devido à sua complexidade, que advém de variações fenotípicas, em virtude de várias condicionantes climáticas, poliploidia e hibridação, tornando o seu estudo pouco atraente aos taxonomistas. Igualmente, Alves (2011) refere a dificuldade por parte dos autores em relação à sua caracterização taxonómica.

Podemos então classificar a figueira-da-índia da seguinte forma (FAO, 2001 citado em Alves, 2011):

Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cacteacea
Subfamília: Opuntioideae
Género: Opuntia
Espécie: Opuntia ficus-indica (L.) Mill

Segundo diretrizes de examinação da UPOV (União Internacional para a Proteção de Novas Variedades de Plantas – Genebra 2006), podemos eleger dois grupos de espécies.

No primeiro grupo (Figueira da India; Pera Espinhosa) inclui-se a Opuntia amyclaea Tenore, Opuntia ficus-indica (L.) Mill., Opuntia streptacantha Lemaire, Opuntia megacantha Salm-Dyck, Opuntia duranguensis Britton et Rose, Opuntia lasyacantha Pfeiffer, Opuntia robusta Wendlan e Opuntia hyptiacantha Weber.

No segundo grupo “Xoconostles”, inclui-se a Opuntia joconostle Weber, Opuntia matudae Sheinvar, Opuntia oligacantha Sheinvar, Opuntia leucotrica DC, Opuntia heliabravoana Sheinvar e Opuntia spinulifera Sheinvar.

Características Botânicas e Morfológicas

As suas características são bastante variáveis, devido à diversidade existente, podendo variar a forma dos seus cladódios, tamanho, a presença ou ausência de espinhos, o tamanho e cor dos frutos e da polpa.

Conforme Scheinvar (1999) citado em FAO CACTSUNET (2006), podem-se observar diferenças, como por exemplo na Opuntia ficus-indica (L.) Mill, em que os seus frutos são doces, suculentos, podendo variar a sua cor entre o laranja, vermelho ou púrpura, com muita polpa e epiderme ou casca de grossura variável, normalmente delgada. Já no grupo de O. xoconostles, os frutos são mais pequenos, de sabor ácido, exteriormente de cor verde-púrpura e rosados na polpa.

Podemos apresentar a caraterização da Opuntia ficus-indica (L.) Mill, a que mais nos interessa, do ponto de vista agronómico conforme descrição do Guia da Flora e Vegetação do Andévalo (S/D), a figueira-da-índia apresenta-se como um arbusto até 5 m de altura, com cladódios de 30 a 50 cm de comprimento, e de um modo geral, com forma oval, de espátula ou de raquete, ou oblonga com aréola com 2 a 7 espinhos de cor branca a acinzentada e pêlos gloquidiados amarelos ou pardos, flores de 5 a 8 cm de diâmetro, amarelas (fig. 7), ou alaranjadas (fig. 8); frutos com 6 a 9 cm de comprimento, obovoides, verde-amarelados, alaranjados ou roxo-pálidos. Floresce de março a junho.

O sistema radicular da OFI é muito extenso, densamente ramificado, com muitas raízes finas e absorventes, sendo superficiais quando se encontram em zonas áridas e de pouca pluviosidade. O tamanho das raízes está relacionado com a disponibilidade de água e práticas culturais, em que esteja presente a rega e fertilização (Sudzuki et al., 1993; Sudzuki, 1999; Villegas y de Gante, 1997 citado em FAO-CACTSUNET, 2006).

O crescimento e desenvolvimento do cladódio efetua-se em cerca de 90 dias. Nas duas faces do cladódio ocorrem gomos ou gemas chamados aréolas, que têm capacidade para desenvolver novos cladódios, flores e raízes aéreas, conforme as condições ambientais presentes (Sudzuqui et al., 1993 citado em FAO-CACTSUNET, 2006).

As flores de cor amarela ficam sempre na margem dos cladódios, tendo numerosas sépalas e pétalas, agrupadas num tubo polínico (Polunin et al., 1978). Conforme Sudzuki et al. (1993) citado em FAO-CACTSUNET (2006), as flores da planta são hermafroditas e solitárias e desenvolvem-se no bordo superior dos cladódios, variando a sua cor, além do amarelo, vermelho, branco. No entanto, podem ocorrer dois períodos de floração em alguns territórios, como já foi referido anteriormente, dependendo de condições ambientais ou práticas culturais específicas. Os seus frutos são de forma oval, (Polunin et al., 1978); o fruto é uma falsa baga com o ovário ínfero simples e carnudo.

Ainda quanto à forma dos frutos, e à sua variabilidade (Chessa et al., 1997; e Ochoa, 2003 citado em FAO-CACTSUNET, 2006), detalham os tipos de fruto como ovoides, redondos, elípticos e oblongos, com as extremidades aplanadas, côncavos e convexos; igualmente diferem as cores da epiderme e da polpa: vermelho, laranja, púrpuras, amarelos e verdes; na (fig. 9) podemos observar frutos com polpa púrpura.

Na figura seguinte apresenta-se frutos com polpa de cor verde e epiderme também verde (fig. 10).

Os frutos podem ter muitas ou poucas sementes, ou ausência de sementes. Há mercados com preferência de frutos com poucas sementes, ou mesmo sem sementes (fig. 11). Como tal, o melhoramento genético está orientado para estas características (Mondrágon-Jacobo, 2004 citado em FAO-CACTSUNET, 2006).